sábado, 31 de janeiro de 2015

O que é Buprenorfina (Transtec)?


O seu Médico prescreveu-lhe Buprenorfina (Transtec). 
Leia as seguintes recomendações: 


Buprenorfina (Transtec) - é um analgésico que actua através da pele, consiste num sistema transdérmico. Demora entre 12 a 24 horas até começar a sentir alívio da dor. Existe em diferentes dosagens: 35 microgramas/h; 52,5 microgramas/h; 70 microgramas/h.


Como aplicar e remover o Transtec? 
1 - Pode aplicar o sistema transdérmico em qualquer zona do corpo, excepto nas mamas e zonas expostas ao sol;
  • Se a zona escolhida tiver pelos deverá cortá-los previamente com uma tesoura. Não os rape!
  • Pele não deve apresentar nenhuma lesão deve estar limpa e seca.  
2 - Abra a saqueta e retire o sistema; 
3 - Aplique o sistema e pressione durante 30 segundos sobre a pele para garantir que adere firmemente; 
4 - Deve mudar o sistema a cada três dias e meio, ou seja, em dois dias fixos;


Esquema:

Manhã
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab
Dom
Qui
Sex
Sab
Dom
Seg
Ter
Qua
Noite



Ex: Se aplicar segunda-feira de manhã deve retirar quinta-feira á noite.
5 - Deve remover o sistema lentamente, de modo a evitar a irritação da pele (pode aplicar creme hidratante);
N: Esta zona deve repousar durante pelo menos 10 dias. 
6 - Colocar novo sistema, rodando os locais de aplicação.


Quando utilizar o Transtec:

  • Pode tomar duche, banho de imersão, praticar desporto (caminhar, nadar) …;

  • Não pode expor a temperaturas altas, como por exemplo, sauna, cobertores eléctricos, botijas de água quente);

  • Não deve beber bebidas alcoólicas e sumo de toranja.



No início do tratamento pode sentir sonolência, náuseas e vómitos são efeitos secundários que normalmente desaparecem passados poucos dias.


Em caso de dúvida não hesite em contactar o seu Médico.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

O Poder da Música



A música desencadeia emoções positivas e negativas. Quando estiver no dia “NÃO”, ouça música, de certeza que se vai sentir melhor.
Veja as minhas sugestões:

Ed Sheeran - Thinking Out Loud


Badoxa - Controla

D.A.M.A - Às vezes


segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Desanimado? Preocupado?

Encontra-se desanimado e preocupado? Leia o seguinte excerto do livro "A Gata do Dalai Lama- A sabedoria, compaixão e humor de uma gata muito especial" de David Michie



"Um agricultor adquiriu o seu primeiro cavalo e todos os habitantes da zona se aproximaram para o felicitar. «Como deve estar orgulhoso de possuir um cavalo tão magnífico!» diziam todos. Mas o agricultor, sabendo algo sobre a importância da igualdade, limitou-se a sorrir e a dizer: «Veremos.»
Pouco depois, o cavalo saiu do estábulo e correu para o campo. Os moradores tiveram pena do agricultor. «Que terrível tragédia! Que grande perda! Como poderá recuperar-se de uma coisa assim?»
Mais uma vez, o agricultor limitou-se a sorrir e a dizer: «Veremos.»
Tinha passado menos de uma semana quando o agricultor acordou e descobriu que o cavalo tinha regressado, acompanhado de dois cavalos selvagens. Com a maior facilidade, ele guiou-os até ao estábulo e fechou a porta. Os aldeões mal podiam acreditar no que tinha acontecido. «Isto é uma sorte incrível! É um motivo de grande celebração! Quem poderia imaginar que tal coisa fosse possível?»
Claro que o agricultor se limitou a sorrir e a dizer: «Veremos.»
O filho dele começou a domar os dois cavalos selvagens. Era um trabalho perigoso durante o qual ele caiu de um dos cavalos e partiu uma perna. Isto aconteceu pouco antes da colheita e, sem a ajuda do filho, o agricultor enfrentou grandes dificuldades na safra. «Que sofrimento deve ser enfrentar uma tão grande dificuldade», disseram-lhe os aldeões. «Perder a ajuda do seu filho num momento como este, existem poucas desgraças maiores.»
«Veremos» foi tudo o que disse o agricultor.
Pouco dias depois, o exército imperial enviou tropas a todas as aldeias para reunir jovens saudáveis e em forma. O Imperador tinha decidido ir para a guerra e estava a reunir tropas. Mas, por o filho do agricultor ter uma perna partida, foi dispensado do serviço militar." p.124
 




sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Avaliar a dor



Artigo elaborado quando prestava cuidados na Unidade de Dor do Centro Hospitalar Leiria-Pombal, no âmbito da Semana Nacional de Luta Contra a Dor, publicado no Diário de Leiria, no dia 16 de Outubro de 2012
 


 Avaliar a dor

A dor é uma das principais causas de sofrimento humano, com comprometimento da qualidade de vida das pessoas, pelo que a sua avaliação e controlo por parte dos profissionais de saúde se torna imprescindível, já que todos os utentes têm o direito de não sentir dor, quando existem meios para a prevenir e controlar.
A Direcção Geral da Saúde considera a dor o quinto sinal vital, e determina que se realize a avaliação da dor de forma contínua e regular à semelhança dos outros sinais vitais. 
Avaliar a dor torna-se um desafio para os profissionais de saúde, porque consiste numa experiência subjectiva, multidimensional, única e dinâmica. De acordo com as orientações para avaliação da dor, deve-se privilegiar auto-avaliação, ou seja, a intensidade da dor é sempre referida pelo utente, se não existir problemas na comunicação. Todos nós, por vezes, desvalorizamos a dor do outro, mas esta existe, é real, e é aquilo que o utente diz que é.
Avaliação pressupõe a utilização de instrumentos de medição da intensidade da dor, designadamente escalas, como por exemplo as escalas Visual Analógica, Numérica, Qualitativa, e de Faces.
Estes instrumentos são seleccionados de acordo com a idade, a doença e capacidade cognitivo e psicomotora do utente. A escala que os profissionais de saúde recorrem com mais frequência na consulta da Dor do CHLP é a Escala Numérica, que consiste numa régua divequivalência entre a intensidade da sua dor e uma classificação numérica, correspondendo o zero a ausência de dor, 1,2 e 3 a uma dor ligeira, 4,5 e 6 a uma dor moderada, 7,8, e 9 a uma dor intensa; e 10 uma dor insuportável/máxima.
idida em onze partes iguais, numeradas sucessivamente de 0 a 10, sendo que o objectivo é que o utente faça a
É essencial que exista uma boa comunicação entre profissional e utente para assegurar a compreensão das escalas de avaliação.
A avaliação da dor é uma norma de boa prática clínica, que deve ser concretizada em todas as instituições de saúde, sempre com a colaboração do utente, para seu próprio beneficio.  

Prevenção pode diminuir mortalidade associada ao cancro do colo do útero

Artigo publicado na parte destacável do Jornal de Leiria, no dia 26 de Março de 2009.


 A vacinação e a realização de exames de diagnóstico, nomeadamente a citologia, podem diminuir a mortalidade associada ao cancro do colo do útero . Esta doença é, actualmente, em Portugal, a segunda causa de morte por cancro nas mulheres: mata uma mulher por dia e três novo casos são diagnosticados. O HSA, através dos seus profissionais, está sensível a este problema, e aposta na informação e prevenção.

O Vírus do Papiloma Humano (HPV), causador do cancro do colo do útero, é muito comum no meio ambiente. Existem mais de cem tipos de HPV; alguns são inofensivos, sendo eliminados naturalmente pelo organismo, outros são altamente perigosos e podem afectar a pele e o aparelho genital, nomeadamente o HPV16 e o HPV18. Estes vírus transmitem-se essencialmente através das relações sexuais (vaginal, anal e oral), no entanto o contacto genital é suficiente para haver transmissão. Ao contrário das outras doenças sexualmente transmissíveis, no HPV o preservativo não confere um protecção fiável, uma vez que o vírus pode encontrar-se em áreas não protegidas. O facto de ter vários parceiros também contribui para aumentar o risco de contrair a infecção. Além de ser facilmente transmissível, este vírus é silencioso, porque os portadores podem não apresentar qualquer sinal e sintoma, transmitindo-o sem saber.

Como Prevenir
A prevenção da infecção pelo HPV faz-se de duas formas. A prevenção primária, através da vacinação, e a prevenção secundária, efectuando uma consulta de ginecologia uma vez por ano.
A vacina é administrada em três doses, no braço, num período de um ano. Rapazes e raparigas podem ser vacinadas em qualquer idade, de preferência antes do início da actividade sexual, uma vez que ainda não tiveram contacto com o vírus, e desta forma a vacina é mais eficaz.
A prevenção secundária que consiste na realização da citologia, um exame ginecológico também conhecido por "Papanicolau", que pode ser realizado nos Centros de Saúde, nas consultas de planeamento familiar, e que tem como objectivo detectar células alteradas pelo vírus. Quando as citologias apresentam alterações, o médico de família encaminha a utente para o hospital. Realiza-se um novo exame, designado colposcopia, que consiste na observação do colo do útero mais ao pormenor. Após avaliação médica escolhe-se o tipo de tratamento, que mais se adequa a tratar as células alteradas pelo vírus.
O cancro do colo do útero é um problema de saúde pública, motivo pelo qual deveremos motivar e informar acerca da prevenção, chamando a atenção da população em geral, e em especial dos mais jovens, para a prevenção e para a promoção da saúde.
A vacinação e a a visita periódica ao ginecologista são as principais armas conhecidas na luta contra o cancro do colo do útero.