sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Avaliar a dor



Artigo elaborado quando prestava cuidados na Unidade de Dor do Centro Hospitalar Leiria-Pombal, no âmbito da Semana Nacional de Luta Contra a Dor, publicado no Diário de Leiria, no dia 16 de Outubro de 2012
 


 Avaliar a dor

A dor é uma das principais causas de sofrimento humano, com comprometimento da qualidade de vida das pessoas, pelo que a sua avaliação e controlo por parte dos profissionais de saúde se torna imprescindível, já que todos os utentes têm o direito de não sentir dor, quando existem meios para a prevenir e controlar.
A Direcção Geral da Saúde considera a dor o quinto sinal vital, e determina que se realize a avaliação da dor de forma contínua e regular à semelhança dos outros sinais vitais. 
Avaliar a dor torna-se um desafio para os profissionais de saúde, porque consiste numa experiência subjectiva, multidimensional, única e dinâmica. De acordo com as orientações para avaliação da dor, deve-se privilegiar auto-avaliação, ou seja, a intensidade da dor é sempre referida pelo utente, se não existir problemas na comunicação. Todos nós, por vezes, desvalorizamos a dor do outro, mas esta existe, é real, e é aquilo que o utente diz que é.
Avaliação pressupõe a utilização de instrumentos de medição da intensidade da dor, designadamente escalas, como por exemplo as escalas Visual Analógica, Numérica, Qualitativa, e de Faces.
Estes instrumentos são seleccionados de acordo com a idade, a doença e capacidade cognitivo e psicomotora do utente. A escala que os profissionais de saúde recorrem com mais frequência na consulta da Dor do CHLP é a Escala Numérica, que consiste numa régua divequivalência entre a intensidade da sua dor e uma classificação numérica, correspondendo o zero a ausência de dor, 1,2 e 3 a uma dor ligeira, 4,5 e 6 a uma dor moderada, 7,8, e 9 a uma dor intensa; e 10 uma dor insuportável/máxima.
idida em onze partes iguais, numeradas sucessivamente de 0 a 10, sendo que o objectivo é que o utente faça a
É essencial que exista uma boa comunicação entre profissional e utente para assegurar a compreensão das escalas de avaliação.
A avaliação da dor é uma norma de boa prática clínica, que deve ser concretizada em todas as instituições de saúde, sempre com a colaboração do utente, para seu próprio beneficio.  

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